Debate aberto "Diversidade na Rua"

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Evento online trata sobre a moda alinhada às necessidades das pessoas com participação da blogueira Carolina Levien.

Carolina Levien tem 23 anos e é cadeirante há três. Desde os quinze anos ela convive com uma condição chamada Polimiosite, que a faz perder a força nos músculos. Nascida em Pelotas, interior do Rio Grande do Sul, atualmente reside na Alemanha, para onde foi em busca de novos tratamentos e, de lá, Lina, como é conhecida, escreve sobre moda, beleza, inclusão e conta um pouco sobre a sua rotina.
“Quando eu penso em diversidade e inclusão, eu não penso apenas sobre incluir pessoas com deficiências na sociedade. Eu penso também em construir ferramentas para que nós possamos ser, de fato, incluídos. São lugares acessíveis, oportunidades de emprego, materiais e aparatos que facilitem a vida de quem tem limitações. Inclusão é garantia de acesso, permanência e qualidade de vida para todos”, opina. Ela será a mediadora do próximo debate do Projeto Diversidade na Rua, que acontece na terça-feira (30), a partir das 19h.
Para Lina, a moda é uma forma de se comunicar e se expressar. “Eu expresso por meio das minhas roupas quem eu sou e comunico como eu quero ser vista. A moda também é muito individual. Eu não visto moda-tendência porque o que eu gosto de usar não muda de mês em mês”, conta. No debate ela pretende contar um pouco sobre a sua relação com a moda e autoestima, além de falar sobre projetos de cocriação e iniciativas como “O Meu Corpo é Real” e o “Fashion Day Inclusivo”, que trazem informações menos generalizadas e superficiais sobre todos os tipos de corpos.
Como contraponto, ela expõe a dificuldade das pessoas com deficiências em encontrar peças que sejam acessíveis, bonitas ou criativas de acordo com o gosto de cada uma porque considera que a indústria da moda está preocupada apenas em não fazer feio, não em atender de fato as necessidades das pessoas. “Desde que a bandeira da diversidade foi levantada, a pressão sobre as marcas ficou muito evidente e não teve mais como ser ignorada, mas são poucas as iniciativas neste sentido. Ainda se fala pouco sobre pessoas com deficiência na diversidade da mídia. As marcas normalmente se contradizem muito porque elas só estão tentando vender um posicionamento. Elas deviam se interessar de verdade e não seguir o barulho”, pondera.
O formato do debate é como o de um fórum: as questões são lançadas pelos participantes e todas as respostas podem ser replicadas. Para interagir, é preciso fazer um cadastro rápido e simples. Por ser aberto ao público, toda pessoa que tenha interesse pode participar, basta acessar www.diversidadenarua.cc/debate.
Se você quer conhecer melhor a mediadora do debate, acesse o link clicável: Lina & Carolina e se quiser saber mais sobre o seu projeto: A Arte de Redefinir-se.
SERVIÇO
Debate aberto Diversidade na Rua
Tema: Moda alinhada às necessidades das pessoas
Data: 30 de janeiro de 2018
Horário: 19h
Para participar acesse: http://www.diversidadenarua.cc/debate

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